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    “Paulo insta com os efésios para 
    que preservem a unidade e amor: "Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que 
    andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade 
    e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 
    procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo 
    e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa 
    vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, 
    o qual é sobre todos, e por todos e em todos." Efés. 4:1-6.  
    O apóstolo exorta seus irmãos a manifestarem em sua vida o poder da verdade 
    que ele lhes apresentara. Por sua mansidão e bondade, paciência e amor, 
    deviam exemplificar o caráter de Cristo e as bênçãos de Sua salvação. Só há 
    um corpo, e um Espírito, um Senhor, uma fé. Como membros do corpo de Cristo, 
    todos os crentes são animados pelo mesmo espírito e a mesma esperança. 
    Divisões na igreja desonram a religião de Cristo ante o mundo, e dão ocasião 
    aos inimigos da verdade para justificar o seu procedimento. As instruções de 
    Paulo não foram escritas apenas para a igreja de seus dias. Era desígnio de 
    Deus que viessem até nós. Que estamos fazendo para preservar a unidade, nos 
    laços da paz?  
    Quando o Espírito Santo foi derramado sobre a igreja primitiva, os irmãos 
    amavam-se uns aos outros. "... comiam juntos com alegria e singeleza de 
    coração. Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias 
    acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar". Atos 2:46 e 
    47. Aqueles cristãos primitivos eram poucos em número, sem abastança ou 
    honras, mas exerciam poderosa influência. Deles irradiava a luz do mundo. 
    Eram um terror aos malfeitores, onde quer que eram conhecidos seu caráter e 
    doutrinas. Por isso eram odiados pelos ímpios e perseguidos até à morte.” 
    Testemunhos Seletos, Vol. 2, págs. 80, 81  
     
    “Os dons foram substituídos nas igrejas populares por credos humanos. O 
    objetivo dos dons, conforme explanado por Paulo, era “para o aperfeiçoamento 
    dos santos, para o trabalho do ministério, para a edificação do corpo de 
    Cristo, até nós todos chegarmos à unidade da fé”. Estes eram os meios 
    apontados por Deus para assegurar a unidade da igreja. Cristo orou para que 
    seus discípulos fossem um, assim como Ele era um com Seu Pai. Leia João 17. 
    Paulo exortou os Coríntios no nome de Cristo a serem perfeitamente unidos no 
    mesmo pensamento, e no mesmo juízo. Leia I Cor. 1:10; Rom. 15:5; Filip. 1:2; 
    I Ped. 3:8; v 5. Os dons foram dados para assegurar este estado de unidade.
     
     
    Mas as igrejas populares tem introduzido outros meios de preservar a 
    unidade, denominados credos humanos. Estes credos asseguram uma espécie de 
    unidade para cada denominação; mas tem-se provado que todos eles são 
    ineficientes, como demonstrado pelas igrejas denominadas “Novas Escolas” e 
    “Reformadas” que saíram de quase toda a denominação unida por um credo 
    debaixo do Céu. Em conseqüência disto surgiram as diferentes classes de 
    Batistas, de Presbiterianos, e de Metodistas, etc., etc.”  
    Spiritual Gifts, vol. 3, pág. 29  
     
    “Cristo não conhecia distinção de nacionalidade, posição ou credo. Os 
    escribas e fariseus desejavam fazer dos dons celestes um privilégio local e 
    nacional, e excluir o resto da família de Deus no mundo. Mas Cristo veio 
    derrubar todo muro de separação. Veio mostrar que Seu dom de misericórdia e 
    amor é tão ilimitado como o ar, a luz ou a chuva que refrigera a terra.  
    A vida de Cristo estabeleceu uma religião em que não há diferenças, a 
    religião em que judeus e gentios, livres e servos são ligados numa 
    fraternidade comum, iguais perante Deus.” Ciência do Bom Viver, pág. 25  
     
    Ao estabelecer Deus os dons do Espírito como o meio para unificar os 
    crentes, mostrou-nos que o cristianismo não se define em um corpo de 
    crenças, mas sim em um princípio de vida – o poder de Deus operante na vida 
    do crente por meio de viva fé em Cristo Jesus para que o caráter divino seja 
    implantado na sua alma e então manifestar-se nele o mistério de Deus – 
    “Cristo em vós, a esperança da glória” (Col. 1:27).  
     
    “A palavra cristianismo tem um sentido muito mais amplo do que muitos lhe 
    têm dado até aqui. Não é um credo. É a palavra dAquele que vive e permanece 
    para sempre. É um princípio vivo e animado, que se apodera da mente, do 
    coração, dos motivos e de todo o homem. Cristianismo - oh, se lhe pudéssemos 
    experimentar a atuação! É uma experiência vital, pessoal, que eleva e 
    enobrece todo o homem.” Testemunhos para Ministros, pág. 422  
     
    Cristo inspirou o apóstolo Paulo a escrever que “a todos foi dado a beber de 
    um só Espírito” I Cor. 12:13. Aqueles que bebem sempre de um mesmo Espírito, 
    ou seja, aprendem da mesma fonte, chegarão cedo ou tarde ao mesmo 
    entendimento. E é o Espírito que confere os dons do Espírito. Assim, 
    confirma-se pela Bíblia a verdade expressa no testemunho de que é mediante 
    os dons do Espírito que preserva-se a unidade da fé. Se é o Espírito que nos 
    leva a unidade da fé, é necessário aprendermos como receberemos deste 
    Espírito para que possamos através dele ser conduzidos à unidade da fé. A 
    Bíblia nos decalara como recebemos este Espírito:  
     
    “...a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.” Gálatas 3:14
     
     
    Por meio da fé, recebemos o Espírito. E como aumentamos a fé?  
     
    “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” 
    Romanos 10:17  
     
    A fé vem pelo estudo da Palavra de Deus. Assim, o processo para que 
    recebamos os dons do Espírito pode ser resumido da seguinte forma:  
     
    1- Pelo estudo da Palavra, recebemos a fé (Rom. 10:17);  
    2- Por meio desta fé, recebemos o Espírito prometido (Gal. 3:14);  
    3- Recebendo o Espírito prometido, “bebemos” deste Espírito (I Cor. 12:13);
     
    4- Bebendo deste Espírito, recebemos então os dons do Espírito, pelos quais 
    chegamos à unidade da fé (Ef. 4:1-6).  
     
    Assim, podemos dizer que o estudo da Palavra, que corresponde a etapa “1” 
    descrita acima, nos leva à unidade de fé. Assim, para que haja unidade de 
    fé, é necessário um estudo honesto da Bíblia, buscando saber qual é a 
    vontade do Senhor a fim de submeter-se a ela. Não é necessário um credo, 
    conforme os homens têm idealizado. O testemunho confirma este entendimento:
     
     
    “A Bíblia, e a Bíblia tão-só, deve ser nosso credo, o único laço de união; 
    todos os que se submeterem a essa Santa Palavra estarão em harmonia entre 
    si. Nossos próprios pontos de vista e idéias não devem controlar nossos 
    esforços.” Mensagens Escolhidas, Vol. I, pág. 416  
     
    Vimos também pelos passos mencionados acima, que através do estudo da 
    Palavra de Deus, procurando saber qual é a Sua vontade a fim de obedecê-la, 
    recebemos o Espírito prometido. O fruto que se manifestará na vida da pessoa 
    que recebeu este Espírito é-nos descrito pela Palavra de Deus:  
     
    “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, 
    bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.” Gálatás 5:22, 23  
     
    Assim, aqueles que receberem o Espírito prometido, e por conseqüência os 
    dons conferidos por este Espírito, não contenderão uns com os outros. 
    Estarão unidos pelos frutos do Espírito, que são, entre eles: amor, 
    longanimidade, bondade e mansidão. Cumprirão assim o objetivo de unidade 
    através do recebimento do Espírito e da manifestação dos frutos do Espírito 
    em seu caráter. Desta forma, estará se cumprindo a oração de Jesus pelos 
    crentes:  
     
    “Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou 
    para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que 
    eles sejam um, assim como nós.  
    17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.  
    20 Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em 
    mim, por intermédio da sua palavra;  
    21 a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, 
    também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.  
    22 Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, 
    como nós o somos;  
    23 eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para 
    que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a 
    mim.  
    24 Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me 
    deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste 
    antes da fundação do mundo.  
    25 Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, e também estes 
    compreenderam que tu me enviaste.  
    26 Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o 
    amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja.” João 17:11, 17, 
    20-26  
     
    Na oração sacerdotal de Cristo, percebemos que Ele repete qual é o meio pelo 
    qual Deus deseja que os crentes sejam levados à unidade, de acordo com os 
    passos exemplificados a pouco neste material:  
     
    (1) - Pelo estudo da Palavra, recebemos a fé (Rom. 10:17):  
     
    “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em 
    mim, por intermédio da sua palavra;” João 17:20  
     
    (2) - Por meio desta fé, recebemos o Espírito prometido (Gal. 3:14);  
     
    “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me 
    deste, para que vejam a minha glória (Espírito) que me conferiste, porque me 
    amaste” João 17:24  
     
    (3) - Recebendo o Espírito prometido, “bebemos” deste Espírito (I Cor. 
    12:13); e (4) - Bebendo deste Espírito, recebemos então os dons do Espírito, 
    pelos quais chegamos à unidade da fé (Ef. 4:1-6):  
     
    “Eu lhes tenho transmitido a glória (Espírito) que me tens dado, para que 
    sejam um, como nós o somos;” João 17:22  
     
    Assim, percebemos que na oração sacerdotal de João 17, Cristo apresenta que 
    a concessão dos dons é o meio provido por Deus para unidade entre os 
    crentes. Uma vez que esta porção da Escritura (o capítulo 17 de João) 
    apresenta o elemento provido por Deus para preservar a união de crentes, 
    Cristo mesmo testifica, pelo testemunho que conferiu à Sua serva, de que 
    esta porção deveria ser o próprio credo da igreja:  
     
    “A oração de Cristo a Seu Pai, contida no capítulo dezessete de João, deve 
    ser o credo de nossa Igreja. Ela nos revela que nossa desavença e desunião 
    estão desonrando a Deus. Lede todo o capítulo, verso após verso.” Mensagens 
    Escolhidas, Vol. III, pág. 21  
     
    Uma vez compreendido que o meio estabelecido por Deus para preservar a união 
    do corpo de crentes são os dons do Espírito, percebemos que, no ato de os 
    homens estabelecerem um credo como elemento de união, eles substituíram o 
    meio que Cristo proveu para ser um elo de união entre eles, um meio divino, 
    por um elemento criado por homens, denominado de credo. Podem até as 
    afirmações do credo não estarem em contradição com o testemunho da Bíblia; 
    todavia, permanece o ato de estabelecer um credo como sendo um ato de 
    rebeldia a Deus, uma vez que através deste ato os homens estão a dizer a 
    Deus por sua atitude que o elemento que Ele criou para levar os seres 
    humanos à unidade não é perfeito, e eles aperfeiçoaram-no através de sua 
    obra de estabelecer um credo.  
     
    Rejeitando o meio provido por Deus para a preservação da unidade e 
    estabilidade do corpo de crentes, estão fazendo o mesmo que fez o povo de 
    Israel no passado. O povo de Israel naquela época não possuía um rei humano; 
    sua unidade e estabilidade era preservada pelo poder de Deus, que era Seu 
    rei. Todavia, como eles não o viam, quiseram ser como as outras nações, e 
    colocar um ser humano como seu rei em lugar de Deus, que era o seu Rei. A 
    Palavra de Deus nos declara como Ele considerou este ato do povo de Israel:
     
     
    “os anciãos todos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá,  
    5 e lhe disseram: Vê, já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus 
    caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos 
    governe, como o têm todas as nações.  
    6 Porém esta palavra não agradou a Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, 
    para que nos governe. Então, Samuel orou ao SENHOR.  
    7 Disse o SENHOR a Samuel: Atende à voz do povo em tudo quanto te diz, pois 
    não te rejeitou a ti, mas a Mim, para eu não reinar sobre ele....  
    9 Agora, pois, atende à sua voz, porém adverte-o solenemente e explica-lhe 
    qual será o direito do rei que houver de reinar sobre ele.  
    10 Referiu Samuel todas as palavras do SENHOR ao povo, que lhe pedia um rei,
     
    11 e disse: Este será o direito do rei que houver de reinar sobre vós: ele 
    tomará os vossos filhos e os empregará no serviço dos seus carros e como 
    seus cavaleiros, para que corram adiante deles;  
    12 e os porá uns por capitães de mil e capitães de cinqüenta; outros para 
    lavrarem os seus campos e ceifarem as suas messes; e outros para fabricarem 
    suas armas de guerra e o aparelhamento de seus carros.  
    13 Tomará as vossas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras.  
    14 Tomará o melhor das vossas lavouras, e das vossas vinhas, e dos vossos 
    olivais e o dará aos seus servidores.  
    15 As vossas sementeiras e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus 
    oficiais e aos seus servidores.  
    16 Também tomará os vossos servos, e as vossas servas, e os vossos melhores 
    jovens, e os vossos jumentos e os empregará no seu trabalho.  
    17 Dizimará o vosso rebanho, e vós lhe sereis por servos.  
    18 Então, naquele dia, clamareis por causa do vosso rei que houverdes 
    escolhido; mas o SENHOR não vos ouvirá naquele dia.  
    19 Porém o povo não atendeu à voz de Samuel e disse: Não! Mas teremos um rei 
    sobre nós.  
    20 Para que sejamos também como todas as nações; o nosso rei poderá 
    governar-nos, sair adiante de nós e fazer as nossas guerras.  
    21 Ouvindo, pois, Samuel todas as palavras do povo, as repetiu perante o 
    SENHOR.  
    22 Então, o SENHOR disse a Samuel: Atende à sua voz e estabelece-lhe um rei. 
    Samuel disse aos filhos de Israel: Volte cada um para sua cidade” I Samuel 
    8:4-22  
     
    Mesmo após Seu fiel Servo Samuel dizer, inspirado por Aquele que ainda era o 
    Seu Rei, o que aconteceria com eles após levarem a cabo seu plano de colocar 
    sobre si um rei humano, decidiram eles continuar seu caminho de rebeldia. 
    Qual foi o resultado então? Servir sobre a irrefletida ira de um homem que 
    um dia esteve sob a direção de Deus, mas dele se afastou para nunca mais 
    voltar.  
     
    A história de todos os males que advieram ao povo de Israel por meio de Saul 
    e de todos os governantes humanos posteriores nos serve de advertência sobre 
    qual é o resultado certo de escolher um meio provido pelo homem em lugar do 
    meio provido por Deus. Assim também o é hoje. Aquela igreja, denominação ou 
    ajuntamento de pessoas, que estabelece sobre si um credo, está repetindo a 
    voz de Israel do passado. Está dizendo a Deus através de suas atitude tal 
    como o fizeram os homens do passado: “não queremos aceitar o meio que o 
    Senhor estabeleceu para preservar a unidade; escreveremos um credo redigido 
    por homens e assim preservaremos a unidade”. Isto é o mesmo que dizer “não 
    queremos que Deus reine sobre nós e nos una, queremos que os homens que 
    escolhermos nos escrevam um credo sob o qual devemos ser conservados 
    unidos”. Isto finalmente significa que os homens negam o pensamento de Deus 
    e substituem-no pelo pensamento do homem. Prosperará esse plano? Tão certo 
    como o povo de Israel, quando governado por homens, decaiu até ser 
    finalmente rejeitado (34d.C. – morte de Estevão), destruído e dispersado 
    (70d.C. – destruição de Jerusalém), ocorrerá o mesmo com qualquer igreja, 
    denominação ou ajuntamento de pessoas que estabeleça sobre si um credo. Isto 
    porque ao serem praticadas as mesmas atitudes do passado, advirão sobre 
    aqueles que as tomarem as mesmas conseqüências que vieram no passado, 
    segundo o princípio bíblico:  
     
    “O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada 
    há, pois, novo debaixo do sol.  
    Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Não! Já foi nos 
    séculos que foram antes de nós.” Eclesiastes 1:9, 10  
     
    Assim, será novo para nós se uma igreja, denominação ou ajuntamento de 
    pessoas, que substituir o meio provido por Deus (os dons) por um meio 
    provido pelo homem (o credo) nos dias de hoje, sofrer mesmas conseqüências 
    que sofreu o Israel do passado ao tomar atitudes semelhantes? De forma 
    alguma. Como está escrito: “Vê, isto é novo? Não! Já o foi nos séculos que 
    foram antes de nós.”  
     
    Agora então, a grande questão é: como uma igreja, denominação ou grupo de 
    pessoas que já adotou um credo em um passado próximo ou distante, e com ele 
    permanece nos dias de hoje, poderá evitar sofrer as mesmas conseqüências que 
    sofreu o povo de Israel no passado e voltar a ser a igreja que Cristo deseja 
    que ela seja, para que Ele a possa apresentar a si mesmo esta igreja, 
    denominação ou grupo como parte de Sua igreja gloriosa, sem mácula, nem 
    ruga, nem coisa semelhante? Deus nos mostra o único caminho por meio do qual 
    isto pode ser possível através de Sua Palavra:  
     
     
    “Convertei-vos, pois, ó filhos de Israel, àquele de quem tanto vos 
    afastastes.” Isaías 31:6  
     
    “Portanto, eu vos julgarei, a cada um segundo os seus caminhos, ó casa de 
    Israel, diz o SENHOR Deus. Convertei-vos e desviai-vos de todas as vossas 
    transgressões; e a iniqüidade não vos servirá de tropeço.” Ezequiel 18:30
     
     
    “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos 
    pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e 
    que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus,” Atos 3:19, 20  
     
    Arrependam-se dos seus caminhos. Se os que se afastaram de Deus por 
    estabelecerem um credo não se arrependerem, não virão sobre eles os tempos 
    do refrigério pela presença do Senhor – o derramamento da chuva serôdia. 
    Isto significa que a Chuva Serôdia não virá a ninguém? De maneira nenhuma. 
    Tão certo como todas as profecias do Deus de Israel se cumprem, a profecia 
    relativa ao derramamento do Espírito Santo sobre os santos que guardam os 
    mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus nestes últimos dias, 
    conhecida como Chuva Serôdia, se cumprirá. O que ocorrerá é que ela não 
    cairá sobre aqueles que mantiverem em seu coração qualquer vestígio de 
    rebeldia contra Suas ordens:  
     
    “Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter, purificar de toda a 
    contaminação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá sobre nós, como 
    caiu a temporã sobre os discípulos no dia de Pentecostes.” Testemunhos 
    Seletos, vol. 2, pág. 69.  
     
    “Não podemos usar o Espírito Santo. Ele é que deve servir-Se de nós. 
    Mediante o Espírito opera Deus em Seu povo "tanto o querer como o efetuar, 
    segundo a Sua boa vontade". Filip. 2:13. Mas muitos não se submeterão a 
    isto. Querem-se dirigir a si mesmos. É por isso que não recebem o celeste 
    dom. Unicamente aos que esperam humildemente em Deus, que estão atentos à 
    Sua guia e graça, é concedido o Espírito.” O Desejado de Todas as Nações, 
    pág. 672.  
     
    Que aqueles que estabeleceram um credo deixem de fartar-se dos seus 
    conselhos, dos conselhos de homens, e aceitem o conselho do Senhor. Se uma 
    igreja, denominação ou ajuntamento de pessoas deseja de fato constituir-se 
    no reino espiritual de Cristo na Terra, é necessário que ela se conforme à 
    vontade dAquele que lhe será Senhor. Como Cristo é Deus, e Deus não muda, é 
    impossível que Ele mude as condições para que uma igreja seja sem ruga ou 
    sem mácula. É impossível que Ele aceite como estando sem mácula uma igreja, 
    denominação ou ajuntamento de pessoas que substituiu o meio de unidade que 
    Ele proveu por outro, estabelecido por homens, denominado credo, pois isto é 
    uma prova de rebeldia aos Seus conselhos. E aqueles que são rebeldes aos 
    Seus conselhos não estão sem mácula – muito pelo contrário, a culpa da 
    rebeldia por não atender aos Seus conselhos pesa sobre eles. É necessário 
    que aquela igreja que estabeleceu um meio provido pelo homem para promover a 
    unidade - o credo – abandone-o, posto que este é em si mesmo um ato de 
    rebeldia a Deus, e aceite o meio que Cristo proveu para a Sua unidade – os 
    dons do Espírito.  
     
    A pergunta que então precisa ser respondida é: uma vez que esta igreja, 
    denominação ou ajuntamento de pessoas que um dia teve um credo de homens 
    como meio de união, decide abandonar este, por constituir-se em si mesmo um 
    ato de rebeldia contra Deus, e converte-se de seus caminhos para Deus, 
    Aquele de quem se haviam afastado, e aceita os dons do Espírito como o 
    verdadeiro meio provido para preservar a unidade, conforme está escrito na 
    Palavra, como poderão os seus membros receber os dons do Espírito? Em outras 
    palavras, o que devem seus membros fazer para receber este Espírito que nos 
    conduzirá a unidade da fé?  
     
    “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a 
    Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?  
    Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome 
    de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do 
    Espírito Santo.”Atos 2:37, 38  
     
    É você um dos que confiaram sinceramente que um credo era necessário para 
    preservar a unidade entre os membros da igreja, e está agora convencido por 
    Sua Palavra e pelo testemunho que manter um credo é estar em rebeldia contra 
    Deus? Arrepende-te então sem demora e converte-te teus caminhos, aceitando a 
    guia do Senhor. Ele disse que o meio provido pelo Céu para preservar a união 
    dos membros da igreja são os dons do Espírito. Busquemos então beber deste 
    Espírito que Cristo nos envia para que manifestem-se em nós os dons do 
    Espírito e possamos ser “um”, assim como Cristo e Seu Pai são “Um” (João 
    17:22, 23).  
     
    2 - Se os dons do Espírito são os designados por Deus para preservar a 
    unidade na verdadeira igreja, qual é o sinal de entrada do crente na 
    verdadeira igreja, no reino espiritual de Cristo?  
     
    “Fazendo do batismo o sinal de entrada para o Seu reino espiritual, Cristo o 
    estabeleceu como condição positiva à qual têm de atender os que desejam ser 
    reconhecidos como estando sob a jurisdição do Pai, do Filho e do Espírito 
    Santo. Antes que o homem possa obter abrigo na igreja, antes de transpor 
    mesmo o limiar do reino espiritual de Deus, deve receber a impressão do nome 
    divino - "O Senhor Justiça Nossa". Jer. 23:6.” Testemunhos Seletos, Vol. 2, 
    pág. 389  
     
    O testemunho de Jesus nos mostra que o batismo é o sinal de entrada para o 
    reino espiritual de Cristo. E Deus, tendo inspirado o profeta João Batista, 
    nos diz em Sua Palavra que Cristo nos batiza com o Espírito Santo:  
     
    “Eu vos batizo com com água, para para arrependimento; mas aquele que vem 
    depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de 
    levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.” Mateus 3:11  
     
    É apenas através do batismo do Espírito que pode receber os dons do 
    Espírito. E o sinal de entrada no reino de Cristo é o batismo do Espírito. 
    Os dons do Espírito manifestado nos crentes são então a prova de que estes 
    entraram para a verdadeira igreja, o reino espiritual de Cristo:  
     
    “Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo....  
    A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim 
    proveitoso.  
    Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, 
    segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo 
    Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar;  
    a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de 
    espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade para 
    interpretá-las. Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, 
    distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente....  
    Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, 
    quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um 
    só Espírito.” I Coríntios 12:4, 7-11, 13  
     
    “Ora, o Senhor é o Espírito...” II Cor. 3:17  
     
    A todos os crentes foi dado a beber do mesmo Espírito, que é o espírito de 
    Cristo, que Ele recebeu do Pai e enviou a nós. E este Espírito de Cristo 
    confere pelo um ou mais dos dons do Espírito para cada membro de Sua 
    verdadeira igreja. É desta forma que Ele leva a Sua verdadeira igreja a 
    unidade da fé. Cristo não age como os homens, que estabelecem um credo como 
    elemento de união; une Sua igreja pelos dons. Se assim o é, temos que, 
    qualquer igreja, denominação ou ajuntamento de pessoas que professe 
    pertencer à verdadeira igreja de Cristo que estabeleça um credo como meio de 
    união, neste mesmo ato estão estas pessoas a negar a Cristo, que deseja 
    uní-las por meio dos dons do Espírito. Uma prova inequívoca de que isto é 
    verdade é que não vemos a manifestação dos verdadeiros dons do Espírito como 
    este se manifestava na igreja apostólica em nenhuma igreja, denominação ou 
    grupo de pessoas que haja definido um credo como elemento de união.  
     
    Nossa relação para com Deus é de aceitação. Ele diz: “assim como os céus são 
    mais altos do que a terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os 
    vossos caminhos, e os Meus pensamentos, mais altos do que os vossos 
    pensamentos” (Isaías 55:9). Assim, quando Deus fala, nós, seres humanos, 
    mesmo que não compreendamos perfeitamente toda a profundidade das Suas 
    Palavras, o aceitamos, porque pela fé cremos que o que Ele diz é verdade e é 
    o melhor para nós. Isto o fazemos porque “sem fé é impossível agradar a 
    Deus” (Hebreus 11:6), e sendo a fé “a confiança em Deus de que Ele sabe o 
    que é melhor para nós” (Ed. 253), agradamo-Lo exercendo fé nEle e confiamos 
    na Sua Palavra. Os que pertencem à verdadeira igreja de Deus, o reino 
    espiritual de Cristo, aceitam o que Deus diz em lugar do que o que os homens 
    dizem. “A quem me comparareis para que eu lhe seja igual? E que coisa 
    semelhante confrontareis comigo?” (Isaías 46:5); estas são as Palavras de 
    Deus para nós hoje. Aquele que é incomparável a qualquer ser humano ou 
    qualquer criatura existente no Universo espera que obedeçamos à Sua Palavra 
    por ser ela o melhor para nós. É sabemos que Sua Palavra é o melhor para nós 
    hoje porque sabemos que Ele provou que nos amou primeiro, mesmo antes de 
    termos nascido:  
     
    “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo 
    morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” Romanos 5:8  
     
    Confiando neste amor, os membros da verdadeira igreja de Deus aceitam Suas 
    Palavras, conselhos e meios que Ele proveu para os diferentes propósitos, 
    confiando que estes são nada mais que a contínua demonstração de Seu amor 
    por Eles que já se iniciou na cruz do Calvário, dando Seu Filho para morrer 
    por nós, sendo nós ainda pecadores e rebeldes. Temos ansiedades quanto a 
    unidade do corpo de crentes? Aceitemos o conselho de Cristo:  
     
    “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos 
    aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e 
    humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo 
    é suave, e o meu fardo é leve.” João 11:28-30  
     
    “O jugo que liga ao serviço, é a lei de Deus. A grande lei de amor revelada 
    no Éden, proclamada no Sinai, e, no novo concerto, escrita no coração, é o 
    que liga o obreiro humano à vontade de Deus.... Esse jugo do serviço, 
    levou-o o próprio Cristo na humanidade.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 
    329  
     
    Busquemos obter um caráter puro, colocando nossa vida em conformidade com a 
    Lei de Deus, que é o Seu jugo, e lancemos nossa ansiedade quanto a unidade 
    da igreja com Ele. Ele nos pede que Lhe demos este jugo. Não recusemos ao 
    Seu chamado. Somente quando depusermos nosso jugo de ansiedade a Cristo e 
    aceitarmos o jugo da Sua lei escrito em nosso coração, poderemos ser parte 
    daquela igreja “sem ruga, sem mácula nem coisa semelhante”, que Cristo 
    apresentará a Si mesmo. Assim, que a unidade da igreja fique a Seu cargo, 
    como Ele mesmo disse que deve ser, sendo preservada através dos dons que Ele 
    outorga a cada um visando o um fim proveitoso.  
     
    Que Deus abençoe a todos.  
     
     
     
    A pergunta é: "Que é a verdade?" Não é quantos 
    anos eu o tenho crido que o torna verdade. Deveis levar vosso credo à Bíblia 
    e deixar que a luz da Bíblia defina vosso credo e revele suas deficiências e 
    onde está a dificuldade. A Bíblia deve ser vossa norma, os vivos oráculos de 
    Jeová devem ser vosso guia. Deveis cavar a verdade como a tesouros 
    escondidos. Deveis descobrir onde está o tesouro, e então arar toda polegada 
    desse terreno a fim de obter as pedras preciosas. Deveis explorar as minas 
    da verdade em busca de novas gemas, de novas diamantes, e haveis de 
    encontrá-los.  
    Sabeis como é com o poder papal. As pessoas não têm o direito de interpretar 
    as Escrituras por si mesmas. Precisam de que alguma outra pessoa interprete 
    as Escrituras para elas. Não tendes uma mente? Não tendes a faculdade do 
    raciocínio? Deus não concedeu discernimento ao povo comum, assim como aos 
    sacerdotes e maiorais? Quando Cristo, o Senhor da vida e glória, veio ao 
    nosso mundo, se eles O tivessem conhecido, jamais O teriam crucificado. Deus 
    recomendou que examinassem as Escrituras: "Porque vós cuidais ter nelas a 
    vida eterna, e são elas que de Mim testificam." João 5:39.  
    Deus nos ajude a ser estudantes da Bíblia. Até que possais ver a razão para 
    isso por vós mesmos e um "assim diz o Senhor" nas Escrituras, não espereis 
    que homem algum interprete a Bíblia para vós. E quando podeis ver isto, vós 
    o conheceis por vós mesmos, e sabeis que é a verdade de Deus. Direis: "Eu o 
    li, eu o vi e meu próprio coração se apega a isso, e é a verdade que Deus 
    proferiu para mim de Sua Palavra." Pois bem, é isso o que devemos ser - 
    cristãos individuais.” Fé e Obras, pág. 77  
     
     
    “Roma privou o povo da Escritura Sagrada e exigiu que todos os homens 
    aceitassem seus ensinos em lugar da própria Bíblia. Foi obra da Reforma 
    restituir a Palavra de Deus aos homens; não é, porém, sobejamente verdade 
    que nas igrejas modernas os homens são ensinados a depositar fé no credo e 
    dogmas de sua igreja em vez de nas Escrituras?” O Grande Conflito, pág. 388
     
     
    “As denominações evangélicas protestantes por tal forma ataram as mãos umas 
    às outras, bem como suas próprias, que, em qualquer dessas denominações, um 
    homem não pode absolutamente se tornar pregador, sem, de alguma maneira, 
    aceitar outro livro além da Escritura Sagrada. ... Nada há de imaginário na 
    declaração de que o poderio do credo está começando hoje a proibir a Bíblia 
    tão realmente como o fez Roma, se bem que de maneira mais sutil.” O Grande 
    Conflito, pág. 389  
     
    “Conquanto a Reforma fizesse acessível a todos as Escrituras, o mesmíssimo 
    espírito que Roma manteve impede também as multidões nas igrejas 
    protestantes de examinarem a Bíblia por si mesmas. São instruídas a aceitar 
    os seus ensinos conforme são interpretados pela igreja; e há milhares que 
    não ousam receber coisa alguma contrária ao seu credo, ou ao ensino adotado 
    por sua igreja, por mais claro que esteja revelada nas Escrituras.” O Grande 
    Conflito, pág. 596  
     
     
    “Se os professos seguidores de Cristo aceitassem a norma de Deus, esta os 
    levaria à unidade; mas enquanto a sabedoria humana for exaltada sobre a Sua 
    santa Palavra, haverá divisões e dissensão.” Patriarcas e Profetas, pág. 124
     
     
    “Esforços diligentes para efetuar a organização da Igreja assinalaram a 
    década de 1850. Em 1860 eles culminaram na escolha do nome "Adventistas do 
    Sétimo Dia", e, em 1861, nos planos para a organização de igrejas locais e 
    associações estaduais. Então em 1863, as associações estaduais se coligaram 
    na Associação Geral. Tomou-se muito cuidado para evitar o primeiro passo na 
    formação de um credo, pois era evidente que a Igreja não poderia ter as 
    estacas firmemente fincadas nesse sentido, e ao mesmo tempo estar livre para 
    seguir as indicações providenciais reveladas pelo estudo da Palavra de Deus 
    e pelas revelações do Espírito de Profecia. Excelente declaração a respeito 
    das providências divinas ao ser instituída a ordem da Igreja aparece nas 
    páginas 24-32.” Testemunhos para Ministros - Introdução Histórica  |