Os Teólogos da Andrews Agem de Má-Fé, ou EGW Era Mesmo Trinitariana? |
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Os autores dos livros "A Trindade" e do livro "A humanidade de Cristo", doutores em teologia Woodron Whidden, Jerry Moon e John W. Reeve, afirmam nos respectivos livros que a Sra. White, profetisa do movimento do advento, foi trinitariana desde o início de seu ministério profético. "Decididamente, Ellen White acreditava na total divindade de Cristo. Nós podemos caracterizá-la como trinitariana em suas convicções, desde os primeiros anos." WHIDDEN, Woodron W. Ellen White e a humanidade de Cristo. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2004. p. 18 Além de afirmarem que Ellen White era trinitariana "desde os primeiros anos", afirmam os doutores citados, que foi ela quem, por intermédio da ação do Espírito Santo, conduziu os pioneiros à conclusão de que a Doutrina da Trindade é verdadeiramente bíblica. "A única maneira de os pioneiros, em seu contexto, efetivamente separarem as Escrituras da tradição foi pelo abandono de qualquer doutrina que não pudesse apoiar-se unicamente na Bíblia. Assim, eles inicialmente rejeitaram a doutrina tradicional da Trindade, a qual claramente contém elementos não pertencentes às Escrituras. À medida que prosseguiram trabalhando com base nas Escrituras, periodicamente desafiados e estimulados pelo Espírito Santo através das visões de Ellen White, gradualmente convenceram-se de que o conceito básico de um Deus em três pessoas de fato aparece nas Escrituras." WHIDDEN, Woodrow, Jerry Moon, John W. Reeve. A Trindade. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2003. p. 230. "Qual foi o papel de Ellen White no processo? As evidências mostraram que as visões recebidas por Ellen conduziram a denominação através de estágios claramente discerníveis rumo a uma plena aceitação do conceito bíblico da Trindade." WHIDDEN, Woodrow, Jerry Moon, John W. Reeve. A Trindade. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2003. p. 248. Está demonstrado que, segundo a opinião dos autores dos livros acima citados, a Sra. White, além de ser trinitariana desde o inicío do seu ministério profético, foi ela quem conduziu a denominação à aceitação do dogma trinitariano. São verdadeiras as afirmações dos teológos da Andrews University, eles estão equivocados ou eles estão escrevendo com pura má-fé? O imperador romano Júlio César dizia o seguinte de sua mulher: "A mulher de César não precisa apenas ser honesta, ela precisa parecer honesta." O mesmo rigor devemos ter com a Sra. White com relação ao assunto "Trindade." A Sra. White não basta ser trinitariana, ela precisa parecer que é trinitariana. Só existe uma maneira de saber qual a posição doutrinária da Sra. White em relação ao trinitarianismo. Perguntando a ela através do estudo da sua extensa obra escrita. Para que ela seja considerada trinitariana, é necessário encontrar em sua obra todas as idéias trinitarianas a respeito do Pai e do seu Filho Jesus Cristo. Mas antes de buscarmos essas respostas, faz-se imprescindível que os conceitos trinitarianos a respeito do Pai e de seu Filho Jesus Cristo, sejam plenamente compreendidos. Para a compreensão do "trinitarianismo bíblico" supostamente presente na Bíblia, nada melhor do que usarmos os livros da própria IASD. O "trinitarianismo bíblico" será estudado neste artigo, através dos livros "A Trindade" e do livro "Nisto Cremos", ambos publicações oficiais da IASD. Os dois livros apresentam a seguinte idéia a respeito de Deus: 1. Deus não é uma pessoa. Esta idéia é claramente apresentada nos dois livros citados e isto será demonstrado. Em seguida, tentaremos encontrar a mesma idéias no escritos da Sra. White e só então teremos condições de saber se ela era ou não trinitariana. Segundo a teologia trinitariana da IASD, Deus não é uma pessoa. Por mais estranho que isto possa parecer, esta idéia de um Deus impessoal, é claramente defendida pelos doutores em divindade da IASD. Vejam como a idéia de um Deus impessoal é defendida pelos teólogos da IASD. "Há um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de três pessoas coeternas." Nisto Cremos. 27 Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1997. p. 31 Para a teologia trinitariana defendida pelos teólogos adventistas, Deus não uma pessoa apenas, mas uma "unidade de três pessoas coeternas". Segundo esta visão trinitariana, Deus deixa de ser uma pessoa, para ser a união de três pessoas. Para que Deus, como o dogma trinitário propõe, seja uma pessoa, é necessário que ele possa ser visto como um ser individual, como uma pessoa passível de ser reconhecida visualmente e pessoalmente tangível, mesmo sendo ele uma "uma unidade de três pessoas coeternas." Para que o Deus triúno seja reconhecido como uma pessoa, visto como uma pessoa, tocado como uma pessoa, ele precisa existir como pessoa formada pela natureza do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Para que ele seja uma pessoa, ele precisa ter existência própria e uma existência pessoal distinta da existência pessoal do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Caso não seja possível este tipo de existência para o Deus triúno, então temos que admitir que o Deus trino não passa de uma abstração e portanto, não é uma pessoa, não é um ser pessoal. Os teólogos profissionais sabem que não podem dar existência pessoal e individual ao Deus triúno sob a condição de estarem criando uma nova pessoa divina além das pessoas do Pai, do Filho e segundo eles, da pessoa do Espírito Santo. Caso eles façam isto, dar pessoalidade e personalidade ao Deus triúno, estarão então apresentando ao Cristianismo não apenas três pessoas divinas, mas sim quatro.
Se o Deus triúno não é uma pessoa, então o que ele é afinal? "Aqui nos deparamos com um dos mais profundos mistérios a cerca de Deus. Embora tenhamos ilustrações humanas de poderosas unidades que podem se estabelecer entre personalidades distintas (casamento, amizades, times etc), o conceito subjacente à visão trinitariana de Deus é o mais profundo. Qual a melhor evidência de que a Divindade não é apenas unitária, mas consiste de uma pluralidade unida de pessoas divinas?" WHIDDEN, Woodrow, Jerry Moon, John W. Reeve. A Trindade. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2003. p. 37. Neste texto do livro "A Trindade" está a resposta não para quem é Deus, mas sim para o que é Deus. Deus, na impossibilidade de ser para os trinitarianos uma pessoa, um ser pessoal, passa a ser apenas uma abstração, um ser conceitual, desprovido de pessoalidade e personalidade própria. O Deus trinitariano não existe como pessoa, assim como não existe um ser casal, um ser amizade ou um ser time. Quando olhamos para um casal, apesar de serem considerados uma só carne, não vemos um novo ser em uma só carne. Vemos ao olhar para um casal, duas pessoas distintas e separadas. Casal é apenas um conceito, uma abstração, uma idéia de união, de mesmo propósito, objetivo e jamais um novo ente. Quando olhamos para um time esportivo, não vemos um ser, uma pessoa, um ente. Vemos cada esportista individualmente formando um time que luta pelos mesmos objetivos. O time,assim como o casal, não formam um novo ser, uma nova pessoa. Com o Deus triúno ocorre a mesma coisa. Ele não passa de uma abstração, de um conceito, de algo que não tem existência pessoal própria. Ele existe apenas na capacidade humana de criar idéias abstratas em sua mente.
Pergunte à Sra. White A partir deste ponto, já é possível começarmos a perguntar se a Sra. White era de fato trinitariana como dizem os doutores da Andrews que ela era. Para que ela possa ser tida como trinitarana, ela precisa ter apresentado sobre Deus, a mesma idéia que apresenta a Doutrina da Trindade. Suas idéias sobre Deus, precisam se harmonizar com o Dogma trinitariano. Se houver harmonia, então ela pode ser tida como trinitariana. Se não houver, das duas uma: os doutores da Andrews estão escrevendo com ignorância ou com má-fé.
As duas citações acima transcritas do livro "A Trindade", mostram claramente que a Sra. White cria em um Deus pessoal reconhecido na pessoa do Pai e não na abstração de uma Trindade. Para ela, por ter visto Cristo e perguntado diretamente a ele, Deus era o Pai e este possuía forma ou aparência e Crito era a imagem perfeita da forma ou aparência do Pai. A Sra. White não viu a Deus pois uma luz de glória o encobria. Ela viu a Cristo e ficou sabendo que Cristo e Deus, são pessoas distintas e que Deus é o Pai. Deus é o Pai e não uma "unidade de três pessoas coeternas."
Deus, o Pai, por meio de seu Filho Jesus criou a humanidade. Maior clareza do que isto, só se ela tivesse dito que seis é meia dúzia.
Cristo veio revelar a pessoa do Pai e não um Deus triúno sem rosto, sem corpo ou forma, um Deus que não pode ser visto simplesmente por que não existe.
Novamemte a Sra. White identifica Deus como a pessoa do Pai e ela nos afirma que um dia iremos conhecê-lo de forma mais perfeita. Que tristeza para os trinitarianos um dia descobrirem, porém tarde demais, que o seu Deus triúno, Pai, Filho e Espírito Santo, nunca existiu.
A unidade entre o Pai e seu Filho não os tornam uma nova pessoa, um Deus triúno. Se esta afirmação da Sra. White for verdadeira, se da união que existe entre o Pai e o Filho não surge uma nova pessoa, então o Deus trinitariano, nunca foi formado como pessoa e ele não passa de uma abstração que existe apenas nas mentes dos que acreditam no Dogma trinitariano.
Em uma visão do juízo, a Sra. White identifica o Ancião de Dias como sendo a pessoa de Deus,o Pai e não de "uma unidade de três pessoas coeternas." O Pai e chamado de "fonte" de todo o ser e de toda a lei. O Pai também é reconhecido pela profetisa do advento como a pessoa que está presidindo o juízo investigativo. Neste texto do Conflito dos Séculos ela claramente separa a pessoa de Deus e a pessoa do Filho. Deus é o Pai, Jesus é o Filho de Deus, a quem foi entregue todo o juízo. O juízo é feito apenas por duas pessoas: o Pai e o Filho. A conclusão pertence aos que lerem este artigo. Diante da conceituação de Deus proposta pela Doutrina da Trindade e da conceituação de Deus apresentada pela Sra. White, podemos dizer que ela foi trinitariana algum dia? -- Elpídio da Cruz Silva, adventista há mais de vinte anos, excluído da igreja em 29/11/2003, por não crer na doutrina católica da trindade e falar contra ela. Série de artigos do mesmo autor (Irmão Elpídio):
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