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A Sacudidura |
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Que relação existe entre Trindade, os Diversos Grupos Leigos e a Sacudidura? |
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Irmão X, Este artigo do Irmão Jairo Carvalho, apesar de enfocar MUITOS temas e em alguns ter opinião diferente da minha, sinaliza para a questão da sacudidura. Na realidade ela teria se iniciado no tempo de EGW e a indrodução de falsos ensinamentos é a chave. No final ele insinua que PERMANECERÃO apenas os fiéis... Pelo que sempre noto, não há idéia de divisão. Dois grupos estarão dentro da IASD. Como a verdade não se fraciona, apenas um grupo estará com a verdade (mas ambos não saem da Igreja...) Veja: Mais de 120 Anos de Sacudidura na IASD...
1.5 – A sacudidura na história da IASD –quando começou e onde estamos? Na primeira seção deste material, lemos uma descrição de uma visão que foi dada à mensageira do Senhor sobre o processo de sacudidura. Lá vimos que a sacudidura era provocada pelo conselho da Testemunha Fiel aos laodiceanos: “Perguntei a significação da sacudidura que eu vira, e foi-me mostrado que era determinada pelo testemunho direto contido no conselho da Testemunha Verdadeira à igreja de Laodicéia.” Vida e Ensinos, pág. 174. Abordaremos agora o processo de sacudidura ao longo da história da Igreja Adventista do Sétimo Dia de acordo com os testemunhos, a fim de verificarmos em que parte deste processo nos encontramos. Primeiramente, temos que compreender quando foi que se iniciou o processo de sacudidura. Ao buscarmos informação nos testemunhos, encontramos declarações bastante reveladoras: “Começou a forte sacudidura e continuará, e todos os que não estiverem dispostos a assumir uma posição ousada e tenaz em prol da verdade, e a sacrificar-se por Deus e por Sua causa, serão joeirados.” Primeiros Escritos, pág. 50. “Estamos no tempo da sacudidura, tempo em que cada coisa que pode ser sacudida, sacudir-se-á. O Senhor não desculpará os que conhecem a verdade, se não obedecem a Seus mandamentos por palavra e ação.” Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 547. Ellen G. White afirmava que, na sua época, os adventistas já estavam no tempo da sacudidura. O primeiro texto que apresentamos foi extraído do livro “Primeiros Escritos”, que foi publicado em 1882. Assim, temos evidências seguras de que o processo de sacudidura já havia se iniciado desde 1882.
1.5.1 – Como se iniciaria a sacudidura? “O Espírito de Deus tem iluminado cada página dos Escritos Sagrados, mas há aqueles sobre os quais pouca impressão eles fazem, por serem imperfeitamente compreendidos. Ao vir a sacudidura, pela introdução de falsas teorias, esse leitores superficiais não ancorados em parte alguma, são como a areia movediça. Escorregam para qualquer posição para agradar a tendência de seus sentimentos de amargura.” Testemunhos para Ministros, pág. 112. Segundo Ellen G. White, a sacudidura viria pela introdução de falsas teorias, ou seja, falsas doutrinas. À luz do que vimos até agora, percebemos então que, ao menos desde 1882, a IASD vem sendo acossada por ventos de doutrina que têm provocado uma sacudidura entre os adventistas. Os que são levados por estes ventos de doutrinas e sacudidos para fora das fileiras de Cristo são os leitores superficiais da Bíblia, ou seja, aqueles que não procuram estudá-la com profundidade buscando nela encontrar as preciosas gemas da verdade. O fato de alguém estar com seu nome inscrito nos livros da IASD, não significa que este não poderá ser sacudido para fora das fileiras de Cristo. Damos apenas um exemplo que ilustra isto. Dentro da IASD, existem muitos membros e ministros que defendem que Cristo, quando viveu como homem na Terra, assumiu a natureza de Adão após o pecado, segundo afirma o Espírito de Profecia: “Que amor! Que extraordinária condescendência! O Rei da glória Se prontificou a humilhar-Se a Si mesmo pela humanidade caída! Seguiria os passos de Adão. Tomaria a natureza caída do homem e Se empenharia na luta contra o forte inimigo que triunfara sobre Adão.” Deserto da Tentação, pág. 22 Outros defendem que Ele assumiu a natureza de Adão antes de sua queda. Atualmente, os dois grupos coexistem dentro da IASD, mas é um fato que na Palavra de Deus não há duas verdades. Apenas um dos grupos está correto. Assim, o grupo que está equivocado está sendo levado de fato por um vento de doutrina, e portanto sendo sacudido para fora das fileiras de Cristo, mesmo permanecendo em total comunhão com a IASD. Não é difícil notar que o processo de sacudidura pela introdução de falsas doutrinas que se iniciou já por volta de 1882, segundo vimos, não se interrompeu desde então e perdura até os dias de hoje. Prova disso são os ventos de doutrina que sopraram desde então nas fileiras do povo adventista do sétimo dia: • Anti-perfeccionismo (1888) • Panteísmo do Dr. Kellogs (1905) • Crença no Espírito Santo como Deus - Trindade (1931) • Crença na primeira vinda de Cristo em carne com natureza pré lapsariana (1957) • Crença na expiação sumária de Cristo na cruz (1957) • Oficialização da crença na trindade (1980) • Rejeição do ministério profético da Sra. White por Walter Rea (1980) • Rejeição do sábado e da necessidade de obediência à lei por Robert Brinsmead (1980) • Negação da doutrina do santuário por Desmond Ford (1980-1990) • Outros ventos de doutrina: onisciência aberta (Deus não conhece o futuro, apenas possibilidades), celebracionismo, carismatismo adventista, rejeição do sábado, apoio ao homossexualismo, idolatria na sede da AG, aproximação com Roma, papado já não é o anticristo, defesa do evolucionismo, etc. Citamos acima apenas alguns exemplos de ventos de doutrina que sopraram nas fileiras adventistas do sétimo dia. O pesquisador mais cuidadoso da história da igreja encontrará muitos outros. Alguns desses ventos continuam soprando até os dias de hoje.
1.5.2 – Em que ponto do processo de sacudidura nos encontramos atualmente (2003)? Vimos na seção anterior que o processo de sacudidura se iniciaria pela introdução de falsas teorias. Constatamos que este processo se havia iniciado já em 1882 e permanece até os dias de hoje. Segundo vimos na visão de Ellen G. White sobre a sacudidura que trouxemos à lume no início deste material, após este processo de sacudidura, os fiéis receberiam a Chuva Serôdia. Precisamos saber então em que ponto deste processo nos encontramos, até mesmo para saber se estamos já no tempo da descida do Espírito Santo. Isto porque a Bíblia mesmo nos aconselha a ora pela Chuva Serôdia no tempo determinado por Deus para que ela caia: “Pedi ao SENHOR chuva no tempo das chuvas serôdias, ao SENHOR, que faz as nuvens de chuva, dá aos homens aguaceiro e a cada um, erva no campo.” Zacarias 10:1 Ao analisarmos mais detidamente os testemunhos que tratam do tema da sacudidura, encontramos preciosas gemas de verdades que podem nos posicionar no tempo. Apresentamos abaixo um destes textos esclarecedores: “Introduzir-se-ão divisões na igreja. Desenvolver-se-ão dois partidos. O trigo e o joio crescerão juntos para a ceifa.” Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 114. Quando um vento de doutrina sopra nas fileiras dos adventistas do sétimo dia, sempre há aqueles que são “levados” pela falsa teoria, e aqueles que permanecem firmes ao lado da verdade. Já vimos na seção anterior que nem sempre aqueles que foram levados pela falsa teoria saem da comunhão de membros. Embora na grande maioria das vezes aqueles que são levados pelas falsas teorias afastam-se logo da fé e separam-se rapidamente de seus antigos irmãos que continuam a advogar a verdade, existem casos nos quais os dois grupos, os fiéis e os que foram levados pelas falsas teorias permanecem juntos. Quando isto ocorre, vemos o cumprimento do testemunho que apresentamos acima, isto é, desenvolvem-se dois partidos antagônicos (os fiéis e os que creram na falsa doutrina) que permanecem na igreja. Assim, o trigo e o joio literalmente crescem juntos dentro da igreja, cumprindo o que foi profetizado pelo testemunho acima. Permanecer e crescer na igreja, neste caso, significa continuar a sustentar o nome de adventista do sétimo dia. Ao analisarmos os principais ventos de doutrina que surgiram ao longo da história da IASD, percebemos que na maioria dos casos os dissidentes se afastaram do corpo de membros. Temos como exemplo o Dr. Kellogs, que afastou-se da comunhão de membros e levou consigo um grande grupo de pastores e leigos adventistas do sétimo dia. O mesmo ocorreu com Brinsmead e Walter Rea há poucos anos atrás, que levaram muitos pastores e leigos para fora da comunhão dos adventistas do sétimo dia. Entretanto, de todos os ventos de doutrina que sopraram até os dias de hoje, um deles caracteriza-se especialmente por polarizar os adventistas do sétimo dia em dois grupos claramente distintos e que permanecem sustentando o nome de adventistas do sétimo dia. Trata-se da doutrina da Trindade. Desde que este vento de doutrina soprou na igreja, foi trazendo divisão em suas fileiras e levando ao longo de anos milhões de professos adventistas para o caminho do erro. De forma mais exaltada nestes últimos anos, temos percebido cada vez mais divisão no estudo deste tema. Uma pequena minoria de adventistas se apóia na declaração feita pelo Deus Pai, o Rei do Universo sobre este tema: “O Rei do Universo convocou os exércitos celestiais perante Ele, para, em sua presença, apresentar a verdadeira posição de Seu Filho, e mostrar a relação que Este mantinha para com todos os seres criados. O Filho de Deus partilhava do trono do Pai, e a glória do Ser eterno, existente por Si mesmo, rodeava a ambos. Em redor do trono reuniam-se os santos anjos, em uma multidão vasta, inumerável - "milhões de milhões, e milhares de milhares" (Apoc. 5:11), estando os mais exaltados anjos, como ministros e súditos, a regozijar-se na luz que, da presença da Divindade, caía sobre eles. Perante os habitantes do Céu, reunidos, O REI DECLAROU QUE NINGUÉM, A NÃO SER CRISTO, O UNIGÊNITO DE DEUS, PODERIA PENETRAR INTEIRAMENTE EM SEUS PROPÓSITOS, e a Ele foi confiado executar os poderosos conselhos de Sua vontade. O Filho de Deus executara a vontade do Pai na criação de todos os exércitos do Céu; e a Ele, bem como a Deus, eram devidas as homenagens e fidelidade daqueles. Cristo ia ainda exercer o poder divino na criação da Terra e de seus habitantes.” Patriarcas e Profetas, pág. 36. A vasta maioria questiona as palavras acima, proferidas pela boca de Jeová, e atreve-se a dizer que outros textos dão a entender que existe um terceiro Deus – Espírito Santo, colocando-se em contraposição às palavras claras de Deus, considerando que ele tivesse “esquecido” de mencionar um outro Deus perante o concílio celestial. Desta forma, aceitam a falsa teoria introduzida por Satanás e posicionam-se como “joio” no processo de sacudidura. Esquecem-se de que Deus não mente e não muda: “Para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta;” Hebreus 6:18 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.” Tiago 1:17 Contrariando também o que Jesus disse, confirmando as palavras do Pai: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30), insistem em dizer que existe mais um Deus, formando uma Trindade. A estes que endurecem o coração para não ouvir verdades tão claras como estas, proferidas pela própria boca do Deus Pai e do Deus Filho, se aplica claramente a palavra divina: “Este povo maligno, que se recusa a ouvir as minhas palavras, que caminha segundo a dureza do seu coração e anda após outros deuses para os servir e adorar, será tal como este cinto, que para nada presta.” Jeremias 13:10 O próprio Deus Pai disse que Jesus era um com Ele, e somente Cristo poderia penetrar em seus propósitos secretos, sendo portanto um Deus onisciente. A grande maioria dos professos adventistas infelizmente se contrapõe a isto, unindo-se em perseguição daqueles que procuram defender a verdade bíblica sobre a Divindade. Desta forma, a doutrina da Trindade divide atualmente as fileiras do adventismo em dois grandes blocos. Ambos os grupos permanecem nas fileiras do adventismo porque crêem ser este o povo do advento levantado por Deus para concluir a obra de pregação do evangelho a todo o mundo. Desta forma, “crescem” juntos, nas fileiras do povo adventista, cumprindo-se então o testemunho: “o trigo e o joio crescerão juntos até a ceifa”. Vemos que isto está acontecendo atualmente em âmbito mundial entre os professos adventistas do sétimo dia, ou seja, os dois grupos estão se polarizando ao lado da verdade ou do erro no mundo todo, no tocante à teoria da Trindade, nos dias de hoje. Isto mostra que estamos exatamente vivendo a fase da sacudidura onde dois grupos se polarizam. É interessante notar que aqueles que se posicionam ao lado da verdade no tocante a este assunto, isto é, rejeitam esta falsa teoria, são em geral aqueles que já estavam atendendo ao conselho da Testemunha Fiel no tocante às reformas de saúde e educação, e por fim aceitaram a mensagem da Justificação pela Fé dada pelo Senhor aos pastores Waggoner e Jones, que também é o conselho da Testemunha Fiel aos laodiceanos, descobrindo então que é impossível aceitar esta mensagem e continuar crendo na teoria da Trindade. Isto porque a mensagem da Justificação pela Fé e a doutrina da Trindade são completamente antagônicas.
1.5.3 Qual é a etapa da sacudidura que está exatamente diante de nós? Após os adventistas serem claramente divididos em dois grupos distintos, ocorrerá o evento que dará início ao final do processo de sacudidura. Dois testemunhos claros da mensageira do Senhor esclarecem este ponto: “A grande questão que está tão próxima [o cumprimento da lei dominical] eliminará aqueles a quem Deus não designou, e Ele terá um ministério puro, leal, santificado e preparado para a chuva serôdia.” Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 385. “Ao aproximar-se a tempestade, uma classe numerosa que tem professado fé na mensagem do terceiro anjo, mas não tem sido santificada pela obediência à verdade, abandona sua posição, passando para as fileiras do adversário. Unindo-se ao mundo e participando de seu espírito, chegaram a ver as coisas quase sob a mesma luz; e, em vindo a prova, estão prontos a escolher o lado fácil, popular. Homens de talento e maneiras agradáveis, que se haviam já regozijado na verdade, empregam sua capacidade em enganar e transviar as almas. Tornam-se os piores inimigos de seus antigos irmãos. Quando os observadores do sábado forem levados perante os tribunais para responder por sua fé, estes apóstatas serão os mais ativos agentes de Satanás para representá-los falsamente e os acusar e, por meio de falsos boatos e insinuações, incitar os governantes contra eles. Neste tempo de perseguição provar-se-á a fé dos servos do Senhor. Deram fielmente a advertência, seguindo tão-somente a Deus e Sua Palavra.” O Grande Conflito, pág. 608 A crise que se iniciará após a lei dominical nos EUA com a conseqüente perseguição aos fiéis guardadores do sábado finalizará o processo da sacudidura, restando ao lado do estandarte do Senhor somente aqueles que pela Sua graça advogaram fielmente a verdade bíblica mesmo em face da mais ferrenha oposição dos incrédulos e de seus antigos irmãos que, uma vez levados por ventos de doutrina, se afastaram da verdade e passaram a persegui-los. Este será um tempo de prova terrível para os fiéis servos do Senhor. -- Jairo Carvalho Irmão7
Irmão7, Ficou bem claro que os ensinos de uma sacudidura futura (por ocasião do decreto dominical) exclui a idéia de divisão e formação de novos grupos. Estou contigo! E lhe agradeço por ajudar-me a entender algo que estava me martirizando. O Pr.Osvair Munhoz acabou de me encaminhar um artigo de sua autoria (ver link abaixo), mas percebo que ele nas conclusões finais está defendendo a idéia de uma separação. “Sai dela povo meu”, ele acha que é para os adventistas sinceros sairem da atual IASD. Estou escrevendo a ele e mandando o artigo do Jairo sobre a Sacudidura. O que me preocupa agora é que o conhecimento de determinadas verdades, atualmente desprezadas ou rejeitadas pela atual IASD, nos torna enormemente responsáveis diante de Deus por nossa família e amigos. Como preparar nossas esposas e filhos para que não sejam lançados para fora junto com outros na sacudidura? Como fazer eles entenderem a verdade bíblica sem se escandalizarem com uma igreja que está se apostatando? E os nossos amigos? E se durante este processo de procurar ajudá-los formos mal interpretados e disciplinados? Calar ou Falar, eis a questão! Para ler o artigo do Pr.Munhoz clique no link a seguir: https://tempodofim.tripod.com/HomemEspiritual.htm Irmão X
Caro Irmão X, Terminei de ler o livro do Ricardo Nicotra “Eu e o Pai Somos Um”. Muito bem escrito e claríssimo. Impossível não ver a questão de outra forma após esta leitura. Encaminhei a ele (Nicotra) um pedido de opinião a respeito do assunto Sacudidura, vamos aguardar. Passarei cópia para você. Como conversar estes assuntos com a nossa família? Não é tão difícil. Com os amigos, talvez... Quanto ao assunto do Pastor Munhoz: ele considera a IASD como sendo Babilônia? Não tive tempo de ler o artigo e voltaremos ao assunto. Até logo mais. Irmão7
[Questionamentos do Irmão X ao Pr.Munhoz]
Estimado Pr.Munhoz
Li seu artigo e gostaria
de entender como conciliar sua idéia de separação Abraços, Irmão X
[Resposta do Pr.Munhoz ao irmão X]
Prezado irmão X, Graça e paz da parte de Deus e de Seu Filho Jesus Cristo.
Tenho certeza que Deus ainda tem um plano para com o
povo adventista, mas estou Obrigado pela sua observação! Um forte abraço com carinho Pr. Osvair Munhoz
[Questionamentos do Irmão7 ao Irmão Ricardo Nicotra]
Caro Irmão, Ontem terminei a leitura do seu livro "Eu e o Pai Somos Um". Livro de leitura fácil, conteúdo consistente. Conforme já citei ao irmão, anteriormente, sou advogado em São Paulo, mas fiz a faculdade de Teologia (concluí em ... ), na mesma turma do ... . Na realidade não lhe escrevo para desenvolver diálogo a respeito do seu livro. Nem vou entrar no mérito do assunto. Estou, junto com alguns amigos, estudando o tema da sacudidura e algumas dúvidas estão surgindo. Mas a questão básica é a seguinte: na minha maneira de ver, até o momento, os irmãos sinceros que entendam algumas doutrinas de forma diferente, deveriam permanecer juntos. Mesmo que pensem diferente! Exemplo: os irmãos que entendam a Natureza de Cristo de forma diferente. Irmãos que não aceitam a doutrina da Trindade e irmãos que a aceitam. Considerando que os dois grupos estão buscando a verdade e apesar da sinceridade não chegaram ao mesmo entendimento... Por que devem permanecer juntos? Num estudo inicial a respeito da Sacudidura pude entender (posso estar errado): 1) que de forma diferente do Reformismo, quando os bons sairam para o movimento de reforma, na Sacudidura os bons NÃO sairão. Os apostatados é que cairão da peneira... 2) pensando assim eu entendo que apesar das maneiras diferentes de interpretar algumas doutrinas, TODOS deverão permanecer no seio da Igreja Remanescente. A Sacudidura excluirá os impuros. De forma bem simples (não pude estudar com profundidade), a Igreja deverá aceitar e conviver com pontos de vista divergentes. Não seria uma negligência, mas um exercício de cristianismo e compreensão. Sabemos que apenas um grupo estará com a verdade, no final. Muitas pessoas sinceras, no momento oportuno, terão a verdade de forma claríssima. Na minha maneira de ver, dois erros estão sendo cometidos: 1) a IASD não está sendo paciente ao excluir membros sinceros e que pensam diferente da forma estabelecida. São membros que desejam estudar profundamente a Bíblia. Membros que aceitarão a verdade, seja qual for a conclusão! 2) irmãos que saem da IASD para formar novos grupos: será que este é o único meio? Sei que é desagradável ficar num ambiente em que não se é desejável. Passei por situação similar... Mesmo sendo excluído da membresia, será que convém fundar uma nova Igreja? Isto não seria uma reforma? Não contraria a idéia da Sacudidura? Como disse inicialmente: é apenas um ensaio, não me aprofundei, mas é um ponto de partida. Eu apreciaria a sua opinião. Abraços fraternos. Irmão7
[Resposta do Irmão Ricardo Nicotra ao irmão7]
Olá Amado irmão7, Que a paz do Senhor Jesus esteja contigo. A Palavra de Deus diz que dois não andarão juntos se não estiverem de acordo. De fato, como um crente que não crê na Trindade poderia num sábado levantar-se e cantar a doxologia da IASD? “Oh adorai ao Deus Triuno, pois ele é Deus onipotente... etc.. etc..” essa é uma das muitas doxologias que invocam um Deus Triuno, Deus Conjunto de Três. Se no início do culto invoca-se um Deus que não existe, toda adoração dai em diante está comprometida. Após ser excluído em 1999, eu ainda frequentei a IASD por mais de um ano. Não podia mais tocar para o coral, não participava de mais nada dentro da igreja, mas continuava dando estudos bíblicos para interessados nas casas, até o momento em que começaram a questionar a validade dos estudos e isto prejudicava quem queria ser batizado. Eu estava me tornando um inútil e essa não era a vontade de Deus. Concluí que a Palavra de Deus tem razão. Não há como conviver juntos se pensam diferente. A questão que fica é: Pode a igreja verdadeira pregar a mentira? O que define se uma igreja é verdadeira ou não? Qual denominação representa a verdadeira igreja de Cristo? Por quê? Que o Senhor lhe abençoe e lhe guarde. Ricardo
Irmão7, Obrigado por partilhar comigo sua conversa com o Nicotra. Percebe que ele analisou a questão por uma perspectiva muito pessoal, e não levou em consideração os conceitos teológicos que envolvem a sacudidura. Por outro lado, sua experiência de rejeição por parte da IASD é algo tremendamente desumano. É como enterrar alguém vivo! Acho que ele até que agüentou muito (mais de um ano). Ele até que tentou permanecer, mas foi a IASD que o rejeitou. Acredito que casos semelhantes ao dele devem ser analisados separadamente com uma exceção à regra. A sacudidura nos ensina que o ideal é tentarmos permanecer dentro, assim como Jesus tentou permanecer dentro do sistema religioso, visitando as sinagogas e sempre que possível pregando nelas. Porém, chegou um momento em que expulsaram Jesus e o proibiram de pregar. Paulo, por exemplo, frequentava todos os sábados as sinagogas tentando ensinar os judeus a respeito de Jesus, até eles o colocarem para correr. Porém compreendo que talvez estes exemplos não sejam o melhores, pois a realidade que Jesus e os discípulos viviam não era a mesma que vive a última igreja. Os judeus foram definitivamente rejeitados como povo de Deus e substituídos pela igreja cristã, mas não encontramos nenhuma outra igreja depois de Laodicéia. Entendo (posso estar errado) a situação do Nicotra e de alguns outros escurraçados pela IASD como casos particulares que fogem a regra geral, e que não podem servir como exemplo para os demais que continuam dentro. Vejo o Nicotra como um Elias moderno que foi declarado pelos atuais líderes da IASD como o “pertubador de Israel”. Sei que ele está construindo uma igreja juntamente com os irmãos excluídos no caso Poá. Mas o que poderiam eles fazer diferente se já foram declarados “leprosos espirituais” por sua igreja? O que me preocupa hoje, não é a postura do Nicotra. O caso dele já está definido e não há nada que se possa fazer. Estou preocupado com a situação indefinida como a nossa. Até que ponto prudência não se confundirá conivência? Até que ponto o silêncio não se confundirá com comodismo e covardia? Como ajudar nossos irmãos sem colocarmos nossa cabeça a prêmio para a “santa” inquisição da IASD? Vamos simplesmente nos esconder e aguardar o decreto dominical quando então os verdadeiros pertubadores cairão fora? Mas quando sair o decreto qual será a necessidade de se manter uma igreja institucional pura, se na verdade ela está com os dias contados? A sacudidura não poderia estar se referindo ao processo de purificação da igreja invisível? Abraços, Irmão X
Irmão X, Pensei muito no que o Ricardo Nicotra me escreveu. Tenho refletido também acerca de muitos assuntos. Minhas perguntas lapidares: 1) quando estamos na IASD, participando da liturgia, estaríamos cometendo algum pecado, caso alguma doutrina esteja conspirando contra a Verdade Bíblica? Já assisti a missas católicas e no momento das orações eu me portava com o devido respeito. Isto não significava aceitação à doxologia católica. 2) Sei que este argumento não serve como desculpa, mas será que existe alguma igreja, grupo novo ou grupo em formação que seja possuidor da verdade plena? 3) você notou que a IASD é diferente dos irmãos bereanos, que são diferentes dos adventistas leigos? Será que o Nicotra pensa igual ao pastor Munhoz? Esta é a questão: as pessoas que saem da IASD formam vários grupos. Todos diferentes entre eles. Não é um absurdo? Sair da IASD e ir para qual delas? Sabemos que uma ou outra tem uma linha doutrinária parecida com a nossa. Mas em todos os pontos? Entre sair da IASD e ir para um grupo que pense diferente de minha forma de crer, prefiro ficar no lugar onde estou. Parece-me fugir do espeto para cair na brasa. De fato o caso do Nicotra é terrível. Mas precisamos entender que a decisão não partiu do colegiado central da IASD. Veja o meu caso: se o pastor ... ainda estivesse no ... (na época), eu teria permanecido e os outros teriam sido mandados embora. Na mina situação específica a liderança local preferiu usar o caminho aparentemente mais simples (corporativismo). Devo concluir que a IASD esteja administrativamente corrompida apenas pelo que ocorreu comigo? Quer dizer então que se minha história terminasse diferente a IASD seria 100% pura? A grande realidade é que buscamos um meio religioso que mais se aproxime de nossas convicções pessoais (sinceras). Sei que a mistura de uma doutrina falsa com muitas verdadeiras, torna o corpo doutrinário imperfeito. Mas será que não é possível reter apenas o que há de bom? Repito: qual o grupo, igreja (hoje) que seja melhor que a IASD, para abrigo de nossa família? Deveremos sair ou tentar mudanças de forma amorosa e inteligente? Não é confuso? Abraços. Irmão7
Irmão7, Acho que o Ennis Meier é que está certo na sua decisão de continuar freqüentando a IASD enquanto diz: “Não sou que mudei qualquer coisa, foram eles que mudaram!” Se alguém tem que sair da IASD, não somos nós que continuamos crendo exatamente nas mesmas verdades que deram origem a este movimento profético. Se alguém tem que sair, que sejam aqueles que mudaram as verdades que nossos pioneiros criam para as mentiras que a Igreja Cristã Apostatada (para não dizer ICAR) inventou sob inspiração do anticristo (o problema é que eles é quem detêm o poder e acreditam ter a chave para nos ligar ou desligar da igreja que amamos). Quando você menciona o aspecto local de certas decisões radicais (exclusão de adventistas sinceros) como algo que não envolveu o “colegiado central da IASD”, eu me lembro da capa de Acã. O erro não havia sido cometido por Moisés ou Arão, mas teve repercussões trágicas sobre todo o povo de Deus. Tudo bem, o erro ou o acerto de um pastor local ou administrador regional não deveria ser entendido como uma corrupção ou perfeição generalizada, mas com certeza estes erros ou acertos, se não forem corrigidos, acabarão de uma forma ou outra afetando o conjunto. A coisa se torna ainda mais grave quando estamos falando de erros sendo cometidos com o conhecimento e aval da Conferência Geral. Ou será que eles não sabem o que está se passando com os adventistas aqui no Brasil? E tem mais! A mudança da nossa doutrina foi algo que aconteceu de cima para baixo. Foi a Conferência Geral na pessoa de Neal Wilson que provocou aquilo que o Ennis chama de “Estelionato Denominacional”. Será que temos que orar para que assuma um presidente geral que reverta o processo e nos traga de volta para as veredas antigas? Você crê que isto um dia possa ocorrer? Irmão X
Irmão X, Quanto ao que escreveu o pastor Munhoz eu não entendi e a partir daí exponho preocupações adicionais: 1) notou que as pessoas que saem da IASD formam grupos distintos, mesmo possuindo ideologias similares? 2) basta ver a quantidade de novos grupos que vão se formando. É um fenônemo evangélico geral, não apenas na IASD. Quantas igrejas temos hoje no Brasil? Basta uma revolta política ou teológica para que ocorra uma cisão. 3) o mesmo ocorre em nosso meio. Alguns não aceitam a Trindade, mas são favoráveis a EGW. Outros são contra os dois. Alguns não questionam a natureza do Espírito Santo, mas aceitam a Natureza de Cristo de forma pós lapso e por aí vai... 4) o Nicotra ao que me parece é o mais consistente. Mesmo assim eu ainda não li o material dele a respeito do dízimo. Talvez ali esteja o grande problema dele com a IASD. Ele pode ter tocado na "menina dos olhos" do braço administrativo (vulgo político religioso). 5) o pastor Munhoz NÃO respondeu ao seu questionamento de forma objetiva. Por quê? São questões temerárias. Não é possível “praticar” a boa religião se existirem sentimentos bons e ruins misturados. De que adianta ter um corpo doutrinário ideal se junto com este fator existirem rancor, mágoa, etc? Estive pensando em algo que o Nicotra citou: existem apenas dois grupos: um que está certo e outro que não está. Isto posto eu questiono? Por que os membros “rebeldes” ao sairem da igreja não formam um grupo único? Na realidade teríamos que ter apenas a IASD atual + uma nova Igreja. Existem os Beranos, ABA-LEI, pastor Munhoz, etc... Por quê? Você me fez uma pergunta: será que haverá alguma mudança no corpo administrativo? A adminstração da IASD (como a de todas as entidades religiosas) é muito parecida com o perfil do País. Havendo ética na Nação as igrejas mudam. Outro dia ouvi um pastor dizer: os administradores da IASD são iguais aos do governo! Corrupção e falta de idealismo. Deveria ser diferente, com o universo religioso servindo de paradigma para o mundo, mas isto é pura ilusão. Quando dizemos que o joio crescerá junto com o trigo, vale para o campo individual e também o da instituição. Na verdade os segmentos religiosos sempre tiveram uma mescla: a visão pastoral X visão financeira. Enquanto o braço evangelístico for forte, há expansão da Igreja (eis o primeiro amor). Quando o braço administrativo sobrepuja o religioso, temos a IGREJA MONUMENTO. Sempre vi a parte financeira de todas as igrejas como um fenômeno impressionante: sempre começa com bom propósito e pessoas idôneas. Com o tempo vira um monstro uma terrível eminência parda! O pastor Modesto sempre teve razão ao enfatizar a existência da IASD Máquina e a IASD Povo de Deus. No momento quem manda é a turma do dinheiro. Um pessoal sem o temor de Deus e desprovido de qualquer conhecimento teológico. O que significa a doutrina geral da IASD para esta turma? Já lhe ocorreu que a liderança administrativa (IASD Máquina) é quem inclui e exclui? Que os pastores medrosos são mãos executoras da vontade deste grupo? Que os pastores corajosos sofrem, em nome da irmandade? Por que será que existem tantos pastores com estafa? Tempo do fim? Por este motivo eu sempre me pergunto: estamos no período laodiceano? Se estamos, como efetivamente interpretar a expressão “vomitar da boca”? É uma condicional? Está no bojo da nossa interpretação da SACUDIDURA? Mistérios! Abraços. Irmão7
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